Reações Explosivas: na Química e na Vida!
As reações químicas explosivas são, antes de tudo, um tipo de reação em cadeia. Isso quer dizer que, a partir de um início quase de uma reação normal, começam a se formar algumas espécies químicas que provocam a continuidade da reação. Essas espécies químicas são conhecidas como propagadores e são, geralmente, espécies radicais. Espécies radicais são nossas conhecidas!! São os responsáveis, por exemplo, por nosso envelhecimento e tomado como vilões de muitos processos de degradação de nosso corpo. Adoramos comprar vidros e mais vidros de comprimidos e cápsulas antioxidantes que prometem acabar com os "radicais livres" de nosso organismo. Essa má fama dos pobres surge de suas intempestividades!!! Reagem a e com qualquer coisa, até com eles mesmos!! São extremamente reativos e quando encontram com o que reagir podem produzir mais e mais semelhantes que por sua vez surgem com a mesma gana de encontrar outras espécies para aplacar suas fúrias e assim......têm-se as reações em cadeias: descontroladas, furiosas e quase que imprevisíveis...
Dizem as más línguas que podem até estar relacionadas com câncer, mas sabemos também que podem nos ser útil como no caso da queima do hidrogênio.
Um caso especial destas reações em cadeia ocorre quando, durante a propagação e formação de radicais têm-se o aumento abrupto da temperatura pelo calor gerado na reação. Mas a reação sofre um aumento de velocidade muito grande devido a esse aumento da temperatura (por vezes também pressão) e aquilo que era uma reação de grandes proporções tornou-se uma EXPLOSÃO!!! Pânico total!!! Salve-se quem puder! E vamos aplacar a fúria da química extinguindo os radicais (nome bem apropriado, não acham?)
Em "nosso" mundo também existem as reações em cadeia. Contrário ao mundo químico, o mundo humano tem a vantagem e desvantagem da comunicação. É assim, através de enganos, mal-entendidos, desencontros de comunicação que se inicia nossa reação em cadeia que culmina com a reação explosiva. Os propagadores, os radicais, livres, de nosso mundo têm a diferença crucial de não serem de imediata reação como os propagadores químicos. Eles se mantêm em estado latente por períodos de tempo muito variáveis (minutos, dias, anos) para, no momento apropriado iniciarem sua ação. Nossos propagadores podem ser criados numa simples conversa, numa brincadeira, onde se fala (comunicação) uma palavra mais áspera ou deselegante, quando numa festa agimos uma pouco mais inapropriadamente, quando num ato descobrimos algo no celular ou computador do(a) parceiro(a), quando retrucamos, impensadamente, uma sugestão ou crítica, quando plantamos aquela "mentirinha inocente" para nos safarmos de uma situação desconfortável. Diferente do mundo químico, esses nossos propagadores vão se acumulando, e com o tempo, se multiplicando a partir de interpretações errôneas de situações que julgamos semelhantes ou mesmo que assim sejam. Chegará o momento que a pressão exercida por nossos radicais livres será grande, a temperatura de nosso corpo aumenta sensivelmente, e o simples surgimento de mais um propagador real ou não levará à fatídica EXPLOSÃO: de energia descomunal, incontrolável, insana, irracional e, aparentemente, injustificável. O resultado final dessa explosão dependerá, fundamentalmente, do potencial humano dos indivíduos envolvidos: choros, falta de respeito, separações, ameaças...VIOLÊNCIA! Seja qual for o resultado, um fenômeno é recorrente nesses casos: após a explosão, os nossos propagadores não serão extinguidos! Retornarão aos seus estados de latência e, junto com novos que surgirão com o tempo, aguardarão as condições propícias de pressão e temperatura para dar origem a nova explosãoe consequente resultados.
Evitar explosões? Extingam seus radicais no ninho!! (Apropriado novamente, não é?!)