Interações químicas e interações humanas
04/01/2015 12:09
Interações químicas e interações humanas.
Interações são definidas como as formas de relação entre, pelo menos, dois corpos.
Do ponto de vista químico as interações são as relações de interrelação entre as espécies químicas: atrativas, repulsivas, de compartilhamento ou .... ausentes. As espécies químicas estabelecem sua interações com o objetivo de alcançar um nível maior de proximidade e "conforto" energético. Dessa forma, podem haver interações entre espécies que têm uma densidade eletrônica "sobrando" com outras que as têm "faltando"; espécies que se mantém unidas porque o ambiente as agrega; as espécies que têm sua "bipolaridade" e, por isso estabelecem relação de proximidade com outras, também "bipolares", que as complementam, e as espécies que estabelecem interações de íntima relação, calcadas no compartilhamento de suas "qualidades" e "defeitos". As espécies difíceis de interagir são aquelas que se julgam suficientes na sua condição, não tendo porque dar, receber, atrair ou compartilhar para alcançar conforto.
Dessa forma são definidas as interações químicas chamadas ligações iônicas; ligações metálicas; interações de Van der Waals e as ligações covalentes. A última definição refere-se às espécies chamadas gases nobres, que não vejo nada de nobre em seu comportamento auto-suficiente.
Neste momento, certamente o leitor já iniciou a construção de sua própria relação de similaridade das interações químicas com as interações humanas!
Todos nascemos metálicos!!!
O ambiente familiar formado pelos pais, irmãos, tios, etc. é que nos mantém unidos e confortáveis no início de nossa existência, onde é difícil termos condições de estabelecer nossas próprias interações. Alguns de nós nunca perde essa predominante característica metálica que é, ao mesmo tempo, confortável e covarde. Rodeado pelo confortáveis e protetores elétrons familiares abdicamos da capacidade de estabelecer novas interações. Contudo, o comum é que, com o decorrer do tempo, sintamos necessidade de experimentar novas modalidades de interações. Assim, começamos a estabelecer as interações todas que as espécies químicas também experimentam, de acordo com nossa maturidade, oportunidade e envolvimento. Identificamos nesse espectro todo os namoricos iônicos; a continuidade das relações metálicas em eventos familiares; as amizades Vanderwaalianas; os casamentos covalentes. A grande e maravilhosa condição que nos define é a capacidade que temos de estabelecer TODAS essas interações, muitas vezes concomitantemente. Obviamente nada em nós impede de alterarmos profundamente essa "ordem natural" e estabelecermos, por exemplo: casamentos iônicos (horríveis: eu dou e você leva) ou vanderwaalianos (enfadonhos: estamos assim por conveniência); amizades covalentes (duradouras e de profundo comprometimento) e comportamentos solitários de um gás nobre. As interações humanas são atraentes na forma e na intensidade! Imprevisíveis e mutantes.
Em relação às interações humanas, a regra é deixe-as acontecer!
Aspecto importante é que, com a idade, mudamos de fase: de sólido para gás (passando pela maturidade líquida) independente das interações que nos caracteriza!