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O SER ANFÓTERO

02/07/2017 15:42

O SER ANFÓTERO

 

      Na química, uma espécie anfótera é aquela que pode agir com dupla potencialidade química. Sua capacidade de transformação dependerá do ambiente onde está inserida, da força ou potencial químico da espécie coexistente. O anfótero, portanto, é uma espécie de complexa classificação pois pode ter dupla função química. Age como ácido ou como base (na definição mais purista da palavra), mas o conceito pode ser estendido também quando atua como oxidante ou redutor, dependendo do meio onde está inserido e da presença de outras espécies em contato, com suas correspondentes forças ou capacidades de transformação. O exemplo mais comum que temos é, certamente, a água. Essa espécie, das mais importantes em nosso meio, assume essa característica, talvez pouco nobre, de não ter uma função definitiva em nosso mundo químico. Mas se pode encontrar também facilmente outras substâncias representativas dessa classe numa rápida busca nas diversas mídias, mesmo que muitas vezes erroneamente classificadas. No caso da água, se ela estiver na presença de um ácido, atua como uma base ou se estiver na presença de uma base age como um ácido. No conceito estendido à oxi-redução, se ela estiver na presença de uma espécie que se reduz mais facilmente, a água pode se oxidar ou se estiver na presença de uma espécie que se oxida mais facilmente, pode se reduzir. Essa aparente (ou real?) falta de  definição de “caráter”, deixa sempre o mundo exterior em dúvidas quanto à identidade do “ser” anfótero. Acredito que acarrete mais dúvidas do que realmente esclarecimentos para os externos.

      Se isso te deixa confuso, um pouco frustrado, espere só para ver o que o “sujeito” anfótero adiciona ao mundo em que vivemos...

      Você, aí certamente conhece o sujeito com potencial caráter (https://ac-angelo.webnode.com/news/potencial-quimica-x-potencial-carater/) anfótero. Para mim, é desprezível! Esse sujeito nunca mostra definitivamente e claramente a o que serve. Se está numa roda de participantes com tendência à ideologia de esquerda (FORA TEMER!) não tem nenhum escrúpulo em adotar um discurso de consciência social, oferta de igualdade de condições a todos os indivíduos, redistribuição de renda entre as classes sociais, cotas para o ingresso de estudantes na Universidade, entre outros, Mas...caso se encontre no meio de pessoas que bradam a favor da meritocracia, defesa da propriedade particular e não pública, retirada do Estado do controle e oferta de serviços essenciais  tais como educação, saúde, segurança (neoliberalismo), diferença entre raças e classes sociais, entre outros conceitos de direita (e por que não, fascistas?), não titubeará em aquiescer a todos os comentários no meio emanados e até mesmo reforçará os conceitos ali abordados. Não reconheceu ainda? Vou ajudar mais...esse sujeito não se admite homem/mulher (é, existe!) machista, mas se sente o máximo divulgando mensagens íntimas, fotos, ou quaisquer outros registros de namoradas, ex ou crushes; se diz uma mulher feminista mas ainda acha que se uma mulher foi ofendida sexualmente ou moralmente é porque fez algo de errado que “justificou” a agressão; se diz frontalmente anti-corrupção mas não hesita em fraudar uma avaliação escolar ou obter vantagens indevidas junto ao professor da disciplina para conseguir aprovação; perde um pouco (ou muito) a noção do discurso moralista que usualmente adota se for para conseguir alguma vantagem financeira e/ou profissional; veste, com garbo, a camisa verde e amarela, bate panelas e brada contra mulher (fraca?) presidenta mas se cala frente à enxurrada de denúncias de corrupção, propinas e de distribuição de verbas públicas...e por aí vai. Vocês certamente têm muito mais exemplos! Enfim, é o sujeito anfótero, mentiroso, sem personalidade (ou tem muitas?) e que SEMPRE age em BANDO (gangues?) porque não tem definição individual.

Se, no mundo químico, a espécie anfótera pode, eventualmente, trazer algum benefício, na vida o sujeito anfótero ´não acrescenta nada de bom. A água se constitui num solvente que permite a interação de uma infinidade de espécies químicas distintas que levam a efeitos sinérgicos ou cooperativos altamente benéficos. O sujeito anfótero, por seu lado, promove uma falsa e temporária sensação local de harmonia que não se mantém, não tem base e muito menos traz benefício algum. Não deixa de mostrar o quanto é perigoso. Nunca se sabe com quem está se tratando quando se refere ao sujeito anfótero. Seja de esquerda ou de direta, machista ou não, misógino ou misândrica, enfim, sempre é preferível que se mostre claramente, para dar oportunidade ao meio que se coloque ao lado ou de frente.

Não é meu propósito aqui, agora e nunca em qualquer lugar, dar conselhos, mas NÃO ser anfótero é bem mais saudável mesmo que seja menos agradável!

EQUILÍBRIO QUÍMICO E AMBIENTAL

26/04/2015 12:25

            O EQUILÍBRIO: QUÍMICO E AMBIENTAL



O equilíbrio sempre se estabelece quando forças antagônicas atuam!

Haverá um momento onde essas forças se equivalerão e assim, se respeitarão, e então o conjunto todo permanecerá num estado de latência, nenhuma transformação aparente será observada apesar de que muitas transformações estão permanente e continuamente ocorrendo para manter a equivalência das forças.

Guerra Fria? 

Isso! Para quem é conhecedor do período histórico entre a União Soviética e os Estados Unidos.

Na Química essas forças antagônicas são o conteúdo de energia (entalpia) e o termo correspondente à desordem do sistema (entropia). 

Não sei que nome dar ao equivalente dessas forças no Universo, mas certamente eles também atuam constantemente. No universo, o equilíbrio entre as forças é alcançado em um espaço de tempo inimaginavelmente maior do que o da nossa desprezível existência.

Este estado de equilíbrio pode ser alterado por qualquer perturbação externa: temperatura, pressão, quantidade e identidade de espécies envolvidas no mundo químico e também no nosso mundo. Mas, como resultado inexorável, ocorrerá a resposta do sistema, se modificando, para alcançar um novo estado de equilíbrio. 

Uma solução simples: anular o efeito da perturbação!

Qual o preço disso? Nem sempre previsível!

Num equilíbrio químico, se a temperatura do sistema é aumentada externamente, o equilíbrio de altera promovendo transformações que permitam o consumo dessa energia excedente; se a quantidade de uma espécie é aumentada, o equilíbrio se altera promovendo transformações que diminuam a mesma e assim por diante.

O homem encontrou nosso Mundo em uma situação de quasi-equilíbrio, ou seja, próximo do equilíbrio. Com uma aparente equivalência de forças da Naturez:a atmosfera, ciclo da água, temperatura, ciclos alimentares, etc.  A perturbação do ambiente é muito clara: desmatamento, inserção de asfaltos e concretos, extinção de espécies diversas, "criação" de espécies geneticamente modificadas, alterações de ciclos de vida a partir de hormônios, produção de lixo e por aí vai.

Seria uma ingenuidade (burrice?) muito grande se imaginar que essa perturbação toda não provocasse uma reação do ambiente numa tentativa desesperada de alcançar um novo estado de equilíbrio, retornando à equivalência (e respeito) das forças antagônicas.

Acham que está muito quente? Muito frio? Pouca água? Muitas doenças e epidemias? Casos de câncer?

Acreditem.....ainda não vimos nada!

Reações Explosivas: na Química e na Vida!

15/02/2015 10:45

​As reações químicas explosivas são, antes de tudo, um tipo de reação em cadeia. Isso quer dizer que, a partir de um início quase de uma reação normal, começam a se formar algumas espécies químicas que provocam a continuidade da reação. Essas espécies químicas são conhecidas como propagadores e são, geralmente, espécies radicais. Espécies radicais são nossas conhecidas!! São os responsáveis, por exemplo, por nosso envelhecimento e tomado como vilões de muitos processos de degradação de nosso corpo. Adoramos comprar vidros e mais vidros de comprimidos e cápsulas antioxidantes que prometem acabar com os "radicais livres" de nosso organismo. Essa má fama dos pobres surge de suas intempestividades!!! Reagem a e com qualquer coisa, até com eles mesmos!! São extremamente reativos e quando encontram com o que reagir podem produzir mais e mais semelhantes que por sua vez surgem com a mesma gana de encontrar outras espécies para aplacar suas fúrias e assim......têm-se as reações em cadeias: descontroladas, furiosas e quase que imprevisíveis...

Dizem as más línguas que podem até estar relacionadas com câncer, mas sabemos também que podem nos ser útil como no caso da queima do hidrogênio. 

Um caso especial destas reações em cadeia ocorre quando, durante a propagação e formação de radicais têm-se o aumento abrupto da temperatura pelo calor gerado na reação. Mas a reação sofre um aumento de velocidade muito grande devido a esse aumento da temperatura (por vezes também pressão) e aquilo que era uma reação de grandes proporções tornou-se uma EXPLOSÃO!!! Pânico total!!! Salve-se quem puder! E vamos aplacar a fúria da química extinguindo os radicais (nome bem apropriado, não acham?)

Em "nosso" mundo também existem as reações em cadeia. Contrário ao mundo químico, o mundo humano tem a vantagem e desvantagem da comunicação. É assim, através de enganos, mal-entendidos, desencontros de comunicação que se inicia nossa reação em cadeia que culmina com a reação explosiva. Os propagadores, os radicais, livres, de nosso mundo têm a diferença crucial de não serem de imediata reação como os propagadores químicos. Eles se mantêm em estado latente por períodos de tempo muito variáveis (minutos, dias, anos) para, no momento apropriado iniciarem sua ação. Nossos propagadores podem ser criados numa simples conversa, numa brincadeira, onde se fala (comunicação) uma palavra mais áspera ou deselegante, quando numa festa agimos uma pouco mais inapropriadamente, quando num ato descobrimos algo no celular ou computador do(a) parceiro(a), quando retrucamos, impensadamente, uma sugestão ou crítica, quando plantamos aquela "mentirinha inocente" para nos safarmos de uma situação desconfortável. Diferente do mundo químico, esses nossos propagadores vão se acumulando, e com o tempo, se multiplicando a partir de interpretações errôneas de situações que julgamos semelhantes ou mesmo que assim sejam. Chegará o momento que a pressão exercida por nossos radicais livres será grande, a temperatura de nosso corpo aumenta sensivelmente, e o simples surgimento de mais um propagador real ou não levará à fatídica EXPLOSÃO: de energia descomunal, incontrolável, insana, irracional e, aparentemente, injustificável. O resultado final dessa explosão dependerá, fundamentalmente, do potencial humano dos indivíduos envolvidos: choros, falta de respeito, separações, ameaças...VIOLÊNCIA! Seja qual for o resultado, um fenômeno é recorrente nesses casos: após a explosão, os nossos propagadores não serão extinguidos! Retornarão aos seus estados de latência e, junto com novos que surgirão com o tempo, aguardarão as condições propícias de pressão e temperatura para dar origem a nova explosãoe consequente resultados.

Evitar explosões? Extingam seus radicais no ninho!! (Apropriado novamente, não é?!)


MISTURAS, SOLUÇÕES, SOCIEDADE E CASAMENTO

30/01/2015 23:01

     MISTURAS, SOLUÇÕES, SOCIEDADE E CASAMENTO.



As espécies químicas tendem a se agrupar de acordo com seus graus de afinidade. Esta afinidade química governa o quão intensa e duradoura será uma relação entre as espécies.

Num primeiro momento a afinidade maior, e aquela que a espécie julga ideal, é a estabelecida com os seus senelhantes. É dessa forma que as substâncias puras se mantém em estado de aparente estabilidade. 

Esta situação se perpetuaria caso estas espécies não fossem expostas a outras espécies químicas. A partir deste momento pode ser que a primeira espécie avalie que permanecer com as interações anteriores que seja mais conveniente (e uma mistura se estabelece); ou então esta mesma espécie experimenta novo conforto energético estabelecendo interações mais fortes com a nova espécie do que estabelecia anteriormente: surge então uma SOLUÇÃO QUÍMICA!

A solução só deixa de existir quando perturbações suficientemente energéticas são impostas, como, por exemplo, o aumento da temperatura que elimina o componente de menor ponto de ebulição, fazendo com que haja a retorno às interações originais. Do contrário, se mantém a solução com suas garantias de entalpia e entropia.

Mais uma vez verifica-se a semelhança com o comportamento humano! 

Nossas primeiras relações, fortes e supostamente indestrutíveis são as estabelecidas no ambiente familiar. Pais, irmãos, avós e outros nos cercam num ambiente de interações fundamentalmente prazerosas e estáveis. Estáveis....até o momento em que somos colocados em contato com outros indivíduos de outros círculos familiares. Escola, vizinhança, trabalho, locais de lazer, são todos sítios de oportunidades do indivíduo interagir com outros. Misturas podem nascer, onde a proximidade existe, mas pouca interação ocorre. E verdadeiras soluções podem surgir, seja por interações em sociedade (amizades, coleguismo) ou afetivas (namoros e os sucessivos graus de estreitamento da relação - culminando no casamento). Estas últimas situações podem levar à verificação que novas interações com outros serem humanos podem ser até mais confortáveis que as do círculo familiar. Obviamente, tanto como nas soluções químicas, estas relações em sociedade e afetivas podem vir a ser quebradas desde que perturbações suficientemente energéticas sejam impostas (traições, mal-entendidos, incompatibilidade com outros componentes, ou influência sedutora das relações primeiras - família).

De uma forma ou de outra, uma vez rompida a interação estranha sempre restará à espécie ou ao indivíduo o retorno às cômodas interações iniciais e ao correspondente grau de imaturidade!

Interações químicas e interações humanas

04/01/2015 12:09


 Interações químicas e interações humanas.

Interações são definidas como as formas de relação entre, pelo menos, dois corpos. 
Do ponto de vista químico as interações são as relações de interrelação entre as espécies químicas: atrativas, repulsivas, de compartilhamento ou .... ausentes. As espécies químicas estabelecem sua interações com o objetivo de alcançar um nível maior de proximidade e "conforto" energético. Dessa forma, podem haver interações entre espécies que têm uma densidade eletrônica "sobrando" com outras que as têm "faltando"; espécies que se mantém unidas porque o ambiente as agrega; as espécies que têm sua "bipolaridade" e, por isso estabelecem relação de proximidade com outras, também "bipolares", que as complementam, e as espécies que estabelecem interações de íntima relação, calcadas no compartilhamento de suas "qualidades" e "defeitos". As espécies difíceis de interagir são aquelas que se julgam suficientes na sua condição, não tendo porque dar, receber, atrair ou compartilhar para alcançar conforto.
Dessa forma são definidas as interações químicas chamadas ligações iônicas; ligações metálicas;  interações de Van der Waals e as ligações covalentes. A última definição refere-se às espécies chamadas gases nobres, que não vejo nada de nobre em seu comportamento auto-suficiente.

Neste momento, certamente o leitor já iniciou a construção de sua própria relação de similaridade das interações químicas com as interações humanas!

Todos nascemos metálicos!!!
O ambiente familiar formado pelos pais, irmãos, tios, etc. é que nos mantém unidos e confortáveis no início de nossa existência, onde é difícil termos condições de estabelecer nossas próprias interações. Alguns de nós nunca perde essa predominante característica metálica que é, ao mesmo tempo, confortável e covarde. Rodeado pelo confortáveis e protetores elétrons familiares abdicamos da capacidade de estabelecer novas interações. Contudo, o comum é que, com o decorrer do tempo, sintamos necessidade de experimentar novas modalidades de interações. Assim, começamos a estabelecer as interações todas que as espécies químicas também experimentam, de acordo com nossa maturidade, oportunidade e envolvimento. Identificamos nesse espectro todo os namoricos iônicos; a continuidade das relações metálicas em eventos familiares; as amizades Vanderwaalianas; os casamentos covalentes. A grande e maravilhosa condição que nos define é a capacidade que temos de estabelecer TODAS essas interações, muitas vezes concomitantemente. Obviamente nada em nós impede de alterarmos profundamente essa "ordem natural" e estabelecermos, por exemplo: casamentos iônicos (horríveis: eu dou e você leva) ou vanderwaalianos (enfadonhos: estamos assim por conveniência); amizades covalentes (duradouras e de profundo comprometimento) e comportamentos solitários de um gás nobre. As interações humanas são atraentes na forma e na intensidade! Imprevisíveis e mutantes.

Em relação às interações humanas, a regra é deixe-as acontecer!

Aspecto importante é que, com a idade, mudamos de fase: de sólido para gás (passando pela maturidade líquida) independente das interações que nos caracteriza!

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01/01/2015 13:56

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Potencial Químico X Potencial Caráter

01/01/2015 00:00

Potencial Químico X Potencial Caráter


A Química e o nosso Comportamento. A relação é surpreendente. Um conhecimento básico de química nos ajuda efetivamente a compreendermos como agimos em sociedade.


Potencial Químico é a capacidade (potencialidade) das espécies químicas (moléculas, íons, radicais, átomos) interagirem com as espécies que a rodeiam: reagindo e provocando reações, transformando-se e provocando transformações.

Potencial Caráter é a capacidade do seres humanos interagirem com a sociedade em que se inserem: mostrando sinceridade, valores morais e éticos, sua característica amável ou violenta, sua capacidade de amar e ser amado.


O Potencial Químico é definido pela natureza intrínseca da espécie (constituição e configuração eletrônica e nuclear) E o meio onde esta espécie esta inserida (presença de outras espécies). Este MEIO é determinante em dar condições a que a espécie química possa externar sua capacidade de transformação. Capacidade esta que foi determinada em seu "surgimento".

O Potencial Caráter também é definido por uma natureza intrínseca (carga genética, "índole") E o ambiente onde o ser humano está inserido (ambiente familiar, amigos e colegas, condições de vida). Tanto quanto na Química, este MEIO é determinante em dar condições para que o ser humano possa externar sua capacidade de interagir com a sociedade. Determinante nas ações de amabilidade, violência, mentiras, enganações em seus diversos níveis e sua capacidade de amar e ser amado.


A água - certamente uma das espécies químicas que mais temos contato diário e considerada ambientalmente amigável - pode ser ingerida e saciar a sede do ser vivo mas, pode também provocar explosões se colocada em contato com sódio metálico. O meio determina.

O ser humano amável dificilmente se sentiria pleno em suas capacidades se colocado em um ambiente hostil, onde os outros componentes fossem egoístas, belicosos e violentos. Da mesma forma um ser oriundo de um lar de violência familiar, competitivo de forma anti-ética, com valores morais frágeis, como agiria num ambiente amistoso, de sólidos e valorosos conceitos morais e éticos? O meio determina.


As diferenças começam a se manifestar....


O Potencial Químico pode ser facilmente alterado e restabelecido pela modificação do ambiente. Um ácido se torna base ao ser rodeado por outro ácido de maior potencial. E ao retornar a um meio de menor potencial, ressurge sua exuberante força ácida! Não há efeito memória, o que comanda é sua característica intrínseca!

O Potencial Caráter altera-se e consolida-se com o tempo e com as experiências vividas. Uma criança estuprada será, provavelmente, o adulto estuprador. Aquela sujeita à violência familiar, tentará afirmar sua própria família calcada no violência autoritarismo. A irreversibilidade de condição fica evidente. O meio, muitas vezes, comanda o Potencial Caráter. 


E o homem começa a intervir, ou fazer Ciência!


Iniciam-se as modificações da matéria executadas externamente. Os Potenciais Químicos são totalmente desrespeitados. O Ferro é impedido de corroer por meio de pinturas, vernizes, tratamentos superficiais, adição de outras espécies, etc. Mas como? Organizaram o ferro (entropia), adicionaram a ele uma quantidade enorme de energia térmica (entalpia) e ele não pode desfazer esse abuso (energia livre)?

Iniciam-se as modificações da personalidade executadas externamente. O Potencial Caráter é desconsiderado. Terapias diversas são tentadas (psicológicas, psiquiátricas, medicinais). Prisões são prescritas como soluções. O estuprador é condenado a 5 anos para extinguir (quenching) sua propensão ao estupro. Mas como? Ele foi estuprado quando criança e agora não pode mais retribuir essa gentileza?

Vou contar um segredo, aliás, dois: o Ferro VAI CORROER e o estuprador VAI ESTUPRAR novamente, independentemente das intervenções. É apenas uma questão de oportunidade.  Só existe UMA força capaz de alterar esse panorama: novamente.....O MEIO!


E voltam as semelhanças....

Por quê as espécies químicas se transformam? Por quê os seres humanos se transformam? 

Para alcançar estabilidade, uma condição de equilíbrio onde os Potenciais atingem um mínimo. Onde as tendências de provocar novas transformações são mínimas. 

Para alcançar essa condição é fundamental a interação com um segundo componente. Um componente que te permita doar, receber, compartilhar, estabelecer laços onde ambos se beneficiem....

Os Potenciais se igualam, as vontades são iguais, as tendências são as mesmas, os objetivos...comuns. O hidrogênio - com seu jeito explosivo -  se combina com o oxigênio - com sua facilidade de alimentar fogos - para dar origem à ÁGUA, com sua passividade aparente. O violento se combina com a carinhosa e aprende que, dividir e transferir carinho e amor é muito mais confortável do que distribuir porradas.

Tudo se estabiliza, se mantém em harmonia e permanece assim até que um terceiro elemento venha a oferecer uma combinação ainda mais favorável e promova a ruptura dos enlaces anteriormente estabelecidos.

Que seja eterno.....enquanto mude!